Renato Wanderley
O grupo ítalo-argentino Techint voltou a demonstrar interesse em construir uma unidade siderúrgica no distrito industrial do Porto do Açu, em São João da Barra. Em julho de 2008, o empresário Eike Batista chegou a confirmar a vinda do grupo para o Açu, num investimento em torno de US$ 15 bilhões, mas o empreendimento foi abortado em função da crise financeira mundial. A unidade seria destinada à construção de tubos de aço para a indústria do petróleo e produziria 10 milhões de toneladas anuais a partir de 2012.Agora, a Techint procura um local para instalar uma siderúrgica e o Porto do Açu, por sua logística, poderá ser escolhido. A LLX, empresa do empresário, prefere não comentar o assunto no momento. A Techint deixou a Venezuela, depois de ter sua unidade naquele país nacionalizada pelo presidente Hugo Chaves, numa indenização de US$ 1,9 bilhão e procura parceiros no Brasil.
O empresário afirma ter cerca de 60 memorandos assinados com empresários que pretendem se instalar no local. Duas cimenteiras, Camargo Correia e o Grupo Votorantim já assinaram o memorando de intenções e confirmaram que vão se instalar na área do porto.
A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, e a Votorantim Cimentos Brasil, celebraram acordo comercial para implantação de duas fábricas de cimento no Porto do Açu.
Além de estudos para a instalação da cimenteiras, o acordo contempla também a importação de coque de petróleo para suprimento das unidades de produção de cimento e embarque de produtos vinculados à indústria cimenteira. O aproveitamento de subprodutos oriundos de outras unidades industriais que venham a se instalar no porto, servirá de insumos para a cimenteira. “Este acordo evidencia as vantagens de um porto moderno e competitivo, a facilidade de uma retroárea para a instalação de indústrias, armazena-mento de produtos e integração logística”, explica o diretor da LLX, Otávio Lazcano.