segunda-feira, 27 de julho de 2009

Açu vai ganhar duas siderúrgicas

O complexo portuário e industrial do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense, vai ganhar duas siderúrgicas. A maior, que terá investimentos de US$ 15 bilhões, de acordo com Eike Batista, terá capacidade para processamento de 10 milhões de toneladas de minério para a construção de tubos e será do grupo ítalo-argentino Techint



A outra siderúrgica do complexo deverá ter capacidade para 6 milhões de toneladas e seu investimento está previsto em US$ 6 bilhões, cujo investidor não foi identificado.

Eike disse haver outros 30 memorandos de entendimento para a instalação de diversas empresas em torno do porto do Açu. Ele afirmou que este será "o maior pólo industrial do Brasil", com investimentos que poderão chegar a US$ 60 bilhões.

O Complexo do Açu recebeu ontem, do governo do Estado do Rio, a licença prévia para a instalação da usina termoelétrica. Os investimentos na usina somam US$ 4,1 bilhões. As térmicas terão capacidade de gerar 2,1 mil MW, o equivalente a cerca de 65% do que será gerado pela maior usina do rio Madeira, a de Santo Antônio, que vai gerar 3,1 mil MW.

O projeto, que está sendo chamado de "Super Porto do Açu", prevê um porto com unidades de transformação de produtos, como o minério de ferro. A retro-área do porto terá 7,8 mil hectares e capacidade para atracação de grandes embarcações, com calado de até
18,5 metros. O investimento previsto é de US$ 1,6 bilhão e o início das operações deverá acontecer no primeiro semestre de 2010.

A meta para o porto é exportar 26,6 milhões de toneladas de minério de ferro em 2011 e, em 2014, este volume deverá ser duplicado. Mas o porto também movimentará produtos siderúrgicos, no volume de 11,2 milhões de toneladas por ano, além de quatro milhões de carga em geral e mais 1,5 milhão de toneladas de granito.

O próprio Eike acredita que o complexo vai virar referência mundial. "Tenho pena dos outros projetos que vão tentar se implementar, porque se isso virar referência, vai ser difícil acompanhar tamanha dedicação", disse.

O evento de entrega das licenças ambientais das usinas, realizado no Rio, foi marcado por apoio ao empresário, após as investigações da Polícia Federal sobre possíveis irregularidades na concessão da ferrovia no Amapá. Eike chegou a chorar durante o discurso do conselheiro da EBX, Rafael de Almeida Magalhães, ex-ministro da Previdência, que repudiou as acusações da PF, que chamou de "forjadas", "em um ato de irresponsabilidade e de gratuidade.

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