segunda-feira, 27 de julho de 2009

Parceria com chineses inclui siderúrgica integrada no Açu

Ponte de acesso às baias de atracação já avançam mais de 700 metros da praia para o mar no Açu

Um memorando de entendimentos com a chinesa Wuhan Iron and Steel (Wisco) foi assinado, ontem, pela LLX e a MMX, sacramentando uma potencial parceria comercial e estratégica que pode incluir a construção de uma usina siderúrgica integrada de 5 milhões de toneladas anuais no porto de Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro.
A informação é da Agência Reuters Brasil, em matéria do jornalista Alberto Alerigi Jr. Segundo ele, “a tratativas também envolvem a aquisição pela companhia chinesa de participação acionária na MMX, fornecimento de minério pela MMX à Wisco a preços de referência, serviços portuários pelas empresas brasileiras e siderúrgicos para construção de navios”.

O Porto do Açu é considerado inédito no Brasil, pela característica de porto-indústria. O investimento total no complexo industrial é de 600 milhões de dólares, com início das operações previsto para 2010. Estrategicamente, está posicionado em área privilegiada, próxima aos campos de petróleo offshore nas Bacias de Campos, Santos e do Espírito Santo.


O projeto define o porto com seis braços de atracação para navios graneleiros e quatro berços de atracação para contêineres, produtos siderúrgicos, carga geral e embarcações de apoio a atividades offshore. A capacidade anual em contêineres deve chegar a 330 mil TEUs e, com base na profundidade de
18,5 metros, está projetado para atracação de navios capesize com capacidade de até 230 mil toneladas.

Ao falar para a nova parceria com empreendedores chineses, o mega empresário Eike Batista, presidente do conselho da LLX e da MMX, afirmou em comunicado reproduzido pela Reuters, que “essa combinação de negócios, quando consumada, provavelmente representará o mais importante investimento chinês no Brasil, e uma das mais relevantes associações comerciais entre um grupo brasileiro e uma empresa chinesa”.

Dentro do que ficou firmado ontem, a matéria da agência explica que, segundo a LLX e a MMX, a construção, controle e operação da siderúrgica serão feitos pela Wisco, e a EBX, holding que reúne as empresas de Batista, poderá ter participação minoritária relevante. A expectativa da MMX no campo da mineração é alcançar capacidade de produção de 40 milhões de toneladas de minério de ferro em 2013.

A Reuters diz, ainda, que o contrato de longo prazo e com preços de referência de minério de ferro envolve ‘praticamente a totalidade’ da capacidade de exportação da MMX Sudeste Mineração, subsidiária da MMX. “As discussões também envolvem o fornecimento pela Wisco de produtos siderúrgicos para a empresa de construção de navios e equipamentos marítimos do grupo de Batista, a BEX”, resume.

Eike: “deve ser o mais importante investimento chinês no Brasil”

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