segunda-feira, 27 de julho de 2009

Café com Energia apresenta investimentos em Porto do Açu


O diretor-geral da MMX Mineração e Metálicos, Rodolfo Landim, esteve em Macaé na quarta-feira (26 de setembro) para apresentar aos empresários da cidade o projeto de implantação do Complexo Portuário do Açu, uma obra conjunta entre a companhia e a prefeitura de São João da Barra que deverá entrar em operação no ano de 2010. A palestra aconteceu durante o Café com Energia, evento promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), em associação com a Rede Petro-BC.

A participação da MMX na construção do porto tem a finalidade de garantir o escoamento, para fins de exportação, da produção de minério de ferro da companhia no Sistema Minas-Rio. O minério, que é extraído nos municípios mineiros de Alvorada de Minas e Conceição do Mato Dentro, será conduzido por um mineroduto de 525 quilômetros até o Porto do Açu, em São João da Barra. “Os portos brasileiros estão engargalados, e se o país quiser realmente crescer, vai ter que resolver esse problema”, disse Rodolfo. De acordo com o diretor, a MMX, por meio da sua subsidiária de logística LLX, está investindo maciçamente em novos portos. “Não nos permitimos pensar pequeno, pensamos para daqui a 50 anos. O Brasil é o país do ‘puxadinho’, há muitos anos não se investe pesadamente em infra-estrutura. A capacidade de absorção de infra-estrutura no Brasil é muito subestimada”, analisou.

O Complexo Portuário do Açu, com 7,2 mil hectares, terá uma área de filtragem para o minério de ferro que virá do mineroduto, uma área de estocagem, usinas de pelotização, usinas elétricas, usinas siderúrgicas, estação de tancagem, e, de olho na intensa exploração e produção de petróleo e gás da região, uma infra-estrutura para apoio offshore. “Fui gerente-geral da Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UN-BC) de 1994 a 1999 e conheço os problemas do Porto de Imbetiba, que está em sua capacidade máxima. O Porto do Açu representa uma opção para desafogar essa intensa demanda, com a vantagem de que está muito próximo ao Cabo de São Thomé e, conseqüentemente, à maioria das plataformas”, explanou.

Ainda com vistas ao mercado offshore, o Porto do Açu prevê a instalação de refinarias de petróleo, projeto ainda em estudo. “O Brasil enfrenta um problema na exportação do petróleo bruto, uma vez que sofremos um deságio pelo fato de ser um óleo pesado. Cada vez mais, faz mais sentido exportar o produto refinado em vez do petróleo cru”, frisou Rodolfo. O diretor-geral aposta numa grande sinergia entre o porto e o setor offshore da região. “Vislumbro enormes oportunidades para o Norte Fluminense, principalmente para as empresas de petróleo, que vão poder escoar sua produção”, concluiu.

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Fonte: Click Macaé - Elaine Pinto
Fotos: Michel Oliveira

A palestra sobre o Complexo Portuário do Açu, ministrada pelo diretor-geral da MMX, Rodolfo Landim, na quinta-feira (26 de setembro) em Macaé, atraiu várias autoridades locais. Em meio à aprovação pelo projeto como um todo, sobrou espaço para preocupações a respeito de aproveitamento de mão-de-obra e fornecedores locais.

“Este será um investimento que trará benefícios não só para São João da Barra, como também para toda a região. Mas nossa preocupação no momento é procurar meios de fazer com que esse empreendimento absorva mão-de-obra local”, comentou a prefeita de São João da Barra, Carla Machado. Quanto a esse aspecto, Rodolfo Landim disse que a MMX está dialogando com o Senai para oferecer cursos profissionalizantes no município. O deputado estadual Glauco Lopes também ressaltou a importância de iniciativas que capacitem e aproveitem a mão-de-obra local. “Preocupo-me com o fato de os empregos na região serem ocupados por pessoas de outros estados. Como parlamentar, luto pelos interesses do Rio de Janeiro e, conseqüentemente, por nossos trabalhadores e por nossa cadeia produtiva”, discursou.

O secretário especial de Desenvolvimento Local de Macaé, Jorge Aziz, mostrou-se preocupado com os impactos sociais que o Complexo Portuário do Açu poderá trazer à localidade onde irá se instalar. “O projeto deve ter um mote voltado ao capital humano, que será melhor regido por meio de um consórcio público. Se nada for feito neste sentido, teremos um resultado futuro muito parecido com o que vivenciamos em Macaé hoje”, alertou.

Representando o prefeito Riverton Mussi, o secretário executivo de Indústria e Comércio, Guilherme Jordan, acredita que o Complexo Portuário do Açu poderá representar uma ótima oportunidade para as empresas da região. “Os investimentos do Porto de Açu, com certeza, trazem desenvolvimento econômico para a região Norte e Noroeste Fluminense. Esse vetor contribuirá para o exercício de diversas atividades econômicas, principalmente para empresas estruturadas e capacitadas, que já prestam serviços na área de exploração e produção de petróleo”, comentou.

Também estiveram presentes ao evento o secretário executivo de Gestão de Macaé, Alexandre Gurgel, e o secretário de Desenvolvimento, Negócios e Petróleo de Rio das Ostras, Roger Vilela.

Fonte: Click Macaé - Elaine Pinto

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