segunda-feira, 27 de julho de 2009

SINAL VERDE PARA A TERMELÉTRICA DO COMPLEXO PORTUÁRIO DO AÇU

CARTA DA INDÚSTRIA

Número 390, 30 de julho a 5 de agosto de 2008

SINAL VERDE PARA A TERMELÉTRICA DO COMPLEXO PORTUÁRIO DO AÇU

O projeto do Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado do Rio, já tem a licença prévia ambiental, da Secretaria Estadual de Ambiente, para a construção de uma termelétrica a carvão mineral. A entrega da licença para o grupo EBX, responsável pelo empreendimento, que inclui o funcionamento de porto, mineroduto e siderúrgica, foi feita no dia 30 de julho, em cerimônia realizada no Palácio Guanabara, com a presença do governador do Rio, Sérgio Cabral, e representantes da indústria fluminense. O Complexo do Açu integra o documento Decisão Rio 2008-2010, elaborado pelo Sistema FIRJAN.

De acordo com o projeto, a termelétrica receberá investimentos de US$ 4,1 bilhões e gerará, a partir de 2012, 2.100 MW divididos pela operação de três usinas, cada uma com capacidade para produzir 700 MW O porto poderá receber navios com capacidade de até 250 mil toneladas de porte bruto e deverá movimentar, a partir de 2011, 26,5 milhões de toneladas/ano de minério de ferro de alto teor. O minero duto, com 525 quilômetros, praticamente todo subterrâneo, será o maior do mundo, e transportará a produção de minério do grupo EBX, partindo do interior de Minas Gerais. A siderúrgica, como anunciado na solenidade no Palácio Guanabara, será construída em parceria com o grupo ítalo-argentino Techint, e produzirá tubos de aço para a indústria do petróleo. A capacidade inicial da siderúrgica é de 10 milhões de toneladas/ano, a partir de 2012.

O investimento para a instalação do complexo está em torno de US$ 600 milhões. A energia gera da pela termelétrica será destinada ao mercado regulado (leilões de energia do Ministério de Minas e Energia) e ao mercado livre, incluindo consumidores industriais instalados dentro e fora do porto.

Segundo o gerente de infra-estrutura do Sistema FIRJAN, Cristiano Prado, o Porto do Açu irá se configurar como um novo eixo de desenvolvimento do Rio de Janeiro. “O volume de investimentos destina dos ao porto, a construção da termelétrica e o potencial de atração de empresas para a imensa retroárea gerarão uma profunda transformação na região em um período muito curto de tempo. Os benefícios desse investimento, porém, transbordarão a região e serão sentidos no estado inteiro”, afirmou.

Geração de empregos

A previsão de geração de empregos é de 1,8 mil diretos no pico das obras, e 2.400 (diretos e indiretos) na operação. O empreendimento já está movimentando a economia em São João da Barra e, conforme informou o grupo EBX, apenas na fase atual de canteiro de obras, emprega mais 1.500 trabalhadores, sendo parte deles de origem do próprio município. A prefeitura de São João da Barra e o grupo EBX firmaram convênio com o Sistema FIRJAN, por meio do SENAI-RJ, para qualificação de mão-de-obra e 480 alunos já estão formados em nove cursos das áreas de administração, soldagem, construção civil e mecânica. Outras turmas estão em andamento.

O projeto, como defende o grupo EBX, deverá favorecer a importação e a exportação de produtos também da Região Centro-Oeste e dos estados do Paraná e de Santa Catarina, que representam 75% do PIB brasileiro. A logística oferecida, permitirá receber navios de grande porte e deverá gerar uma redução de custo do frete entre 50% e 70%. O com plexo poderá atender, além da indústria do petróleo, as empresas de bens de capital, as unidades petroquímicas, refinarias, indústrias cimenteiras e pátio para granéis e carga geral. O projeto também inclui centros de distribuição e consolidação de cargas, instalações para embarcações de apoio a atividades offshore, montadoras de automóveis e clusters de processa mento de rochas ornamentais.

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