Parlamentares de olho no porto
Ricardo Avelino
JUNTOS - Prefeita Carla Machado recebeu os deputados que comentaram sobre o número de empregos gerados por conta da obra
O deputado federal Edmilson Valentim (PC do B), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, saiu visivelmente impressionado com o poderio do capital do empresário Eike Batista. Ao visitar ontem as obras do porto do Açu, acompanhado dos deputados Leandro Sampaio (PPS) e Ciro Pedrosa (PV), integrantes da comissão, da prefeita Carla Machado (PMDB) e do presidente da LLX, Ricardo Antunes, ele só foi elogios ao empreendimento de US$ 1,6 bilhão, mas fez questão de ressaltar o aporte de R$ 150 milhões do BNDES no projeto.
- Estou impressionado com a grandiosidade e com o número de pessoas empregadas, num momento em que a palavra mais ouvida nesse momento de crise é recessão. Só tenho elogios para tudo que vi e que foi mostrado. Esse projeto vai trazer progresso para a região, para o Estado do Rio e para o Brasil. Mas vale destacar a participação no governo federal, através do BNDES - disse Valentim.
Atento às explicações do presidente da LLX sobre as obras, o parlamentar, comentou que tomou conhecimento do projeto no Açu em 1999, quando ainda estava em estudo. "Acredito que, depois de pronto, o porto do Açu deverá atrair muitos projetos industriais, sobretudo devido à sua moderna logà stica. Qual é o empresário que não quer produzir e ter um terminal portuário, dotado de toda a infra-estrutura para exportar, sem depender de estrada para escoar a sua produção? Acho que o Brasil só tem a ganhar com o Porto do Açu", frisou Valentim.
Por sua vez, Antunes lembrou que a obra já emprega 2,3 mil pessoas, e que esse número deverá dobrar no inà cio do próximo ano, quando começa a construção do pátio logà stico. "Esse número pode chegar a 4,5 mil trabalhadores, sendo que 50% deles são da região. Esse é um compromisso assumido pela LLX, que está sendo mantido", observou Antunes.
Ainda de acordo com ele, o cronograma do projeto está sendo mantido e uma palavra que não se ouve no canteiro de obras é crise. "Todo o cronograma da obra está em dia, e o primeiro embarque de mineiro será em janeiro de 2012. Podemos garantir que a crise não desembarcou aqui", contou Antunes, que é presidente da LLX.
Presidente da LLX evita comentários
O presidente da LLX não quis comentar o protocolo de intenções assinado semana passada na China, com o grupo Wuhan Iron and Steel Co. (Wisco), estabelecendo os termos de uma potencial parceria para a construção de uma siderúrgica integrada no Distrito Industrial do Porto do Açu. Se construà da, a unidade terá a capacidade para produzir 5 milhões de toneladas por ano de produtos siderúrgicos, num investimento de US$ 4 milhões. "Além desse protocolo, temos outros 65 de empresas interessadas em se instalar no Açu ou movimentar cargas no porto", disse Ricardo Antunes.
Ele também não comentou sobre o projeto de abrigar uma montadora de automóveis chinesa, a Cherry. Em sua visita à China, o presidente Lula ofereceu à empresa, áreas no Rio, Minas e Ceará. Na área industrial do Açu, há um espaço para uma fábrica de automóveis
Nenhum comentário:
Postar um comentário