segunda-feira, 27 de julho de 2009

Investimento no Açu chega a R$ 40 bilhões

Presidente do Grupo EBX, Eike Batista, foi homenageado em SJB

Divulgação

medalha - O empresário Eike Batista, durante entrevista coletiva, ontem, no gabinete da prefeita Carla Machado


João Ventura

O presidente do Grupo EBX, Eike Batista, esteve ontem no município de São João da Barra para visitar as obras do Complexo Portuário do Açu, empreendimento que está sendo realizado por uma de suas empresas, ao custo de R$ 40 bilhões, se somar as iniciativas de outras 30 empresas atraídas pelo porto. Além de verificar o empreendimento, Eike ainda foi homenageado pelo município com a outorga da Medalha do Barão de São João da Barra, título máximo do município. Ele foi recebido pela prefeita de SJB, Carla Machado e a ex-governadora Rosinha Matheus. Essa foi a segunda vez que Eike esteve no município. A primeira foi no final do ano de 2006, quando foi lançada a pedra fundamental do Complexo Portuário.

O empresário desembarcou em Campos por volta das 10h30 da manhã, no Aeroporto Bartholomeu Lizandro, onde pegou um helicóptero que seguiu para o Açu. Lá, Eike, sobrevoou as obras por cerca de meia hora, seguindo depois para São João da Barra. No gabinete da prefeita Carla Machado teveu ma conversa reservada e depois concedeu uma entrevista coletiva, onde falou sobre o investimento.

— Nós sobrevoamos a área do porto e vocês devem saber, há mais ou menos 1.500 pessoas trabalhando na área. Este será um dos grandes superportos do Brasil. Só para vocês terem uma idéia, a ponte de acesso tem 27 metros, mais larga do que a ponte Rio-Niterói. Isso dá para a gente ter uma dimensão do que a gente vai poder exportar e importar por aí — explicou ele. O projeto do porto ainda inclui a anexação do Açu a Campos através da linha férrea da Ferrovia Centro Atlântica (FCA). No meio da coletiva, a ex-governadora Rosinha chegou ao local, acompanhada do vice-prefeito de Campos, Roberto Henriques.

Após a coletiva, Eike se encaminhou para um restaurante, onde em cerimônia, foi homenageado pelo município. Além dele, também receberam placas o presidente da Cedae, Wagner Victer, que acompanhou a comitiva, Rosinha, que era governadora à época do lançamento da pedra fundamental, e o atual governador, Sérgio Cabral, que não pode comparecer, mas enviou representantes. A cantora Joana, que um dia antes havia feito um show no município, também compareceu à cerimônia.

Em seu discurso, a prefeita, Carla Machado, agradeceu ao empresário pelos investimentos no município e, quebrando o protocolo lembrou a importância dos investimentos na região. “Fizeram um discurso bonito para mim, mas temos muito orgulho em ter amigos e companheiros de trabalho realizando coisas no município. Esperamos que as empresas do grupo X continuem dando lucro e investindo no município”, disse. Já Eike, ao receber a homenagem, agradeceu a “carinhosa harmonia” com o município e a equipe que o acompanha. “a homenagem é de vocês também”, finalizou.

Segundo empresário, porto do Açu será o maior de todos os países banhados pelo Atlântico

Durante a entrevista, Eike também anunciou que um grupo de trinta empresas nacionais e internacionais, já assinaram um protocolo de intenções, onde vão investir cerca de R$ 30 bilhões na área do Complexo Portuário do Açu e outros R$ 10 bilhões na instalação de uma fábrica de tubos e chapas de aço por parte da empresa italiana, Tequinte. Além disso, o empresário também informou que a área construída no Açu tem perspectiva de investimentos para os próximos 30 anos.

O investimento para a construção do Porto em si serão investidos cerca de US$ 6 bilhões, dos quais US$ 1,6 bilhão são investidos na construção do Complexo Portuário e outros US$ 4,1 bilhões na usina termoelétrica, com capacidade de gerar 2.100 MV para as usinas que irão se instalar em torno do Porto. Atualmente, 1.500 pessoas trabalham nas obras.

“Os navios cresceram de uma tal maneira que sem um porto dessa dimensão, você não entra nas principais rotas de comércio no mundo. Esse é um superporto que vai fazer uma revolução na região. Para você entrar hoje em um porto no Rio de Janeiro ou em Santos, é complicado, pois a cidade meio que engalfinhou os focos. E os equipamentos de última geração, que são navios gigantescos, tem que entrar e sair muito rapidamente”, disse. “Como você possui uma área muito grande, estamos criando um conceito supermoderno, que é o conceito de Porto-Indústria. Aqui vai se criar o maior pólo industrial do Brasil e do Atlântico”.

Eike também comentou o fato de São João da Barra ter sido escolhido para a instalação do Porto. “Começou com o Wagner (Victer) tirando da gaveta da Secretaria (Energia, Indústria Naval e Petróleo) esse projeto. Ele ofereceu a vários grupos nacionais e nós enxergamos que havia a oportunidade de construir um porto enorme. O que mais chamou atenção é que perto de Campos, em São João, havia uma retroárea livre onde a gente pode conceber o porto-indústria”, disse.

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