segunda-feira, 27 de julho de 2009

Crise mundial não afeta as obras do Porto do Açu



Webwriter: Paulo de Souza Neto Maciel

Fonte: Jornal O Diário

Paulo Renato Pinto Porto | São João da Barra - O Complexo Logístico e Portuário do Açu, em São João da Barra, não deverá sofrer interrupção em seu cronograma, em função das restrições ao crédito por conta da crise mundial. O objetivo da LLX, do megaempresário Eike Batista, é concentrar suas atividades na construção do porto e no desenvolvimento do porto Sudeste, no Sul do Rio de Janeiro. As informações são da revista Exame.

A crise financeira internacional, no entanto, não poupou o grande terminal portuário em Peruíbe, no litoral Sul de São Paulo, que seria construído pelo grupo e cujo projeto será interrompido. Os dois projetos têm inicio da operação previsto para 2010 e 2011, respectivamente, e ganharam a prioridade da empresa por estarem numa fase de financiamento mais adiantada. Para concluir o porto do Açu, a LLX já conta com a aprovação formam do BNDES para uma linha de crédito de R$ 1,3 bilhão, com prazo de 12 anos de pagamento e juros de TJLP mais 2,5%.

De acordo com especialistas do mercado, a taxa é bastante “atraente” por se referir a um projeto de infra-estrutura, que tem potencial para desenvolver a economia da região num negócio de longa rentabilidade. A LLX negocia também com o BNDES o financiamento do porto Sudeste, em condições parecidas às de Açu. O projeto Sudeste ainda aguarda licença ambiental e, segundo o presidente da LLX, Ricardo Antunes, pode ser obtida já no próximo mês.

Montadora de automóveis

Eike Batista também negocia com o grupo indiano Tata a instalação de uma montadora de automóveis no Açu. De acordo com ele, a construção da fábrica é a contrapartida para os indianos comprarem até 50% das minas de minério de ferro de sua empresa de mineração, a MMX, em Serra Azul, Minas Gerais. Conhecidas como sistema AVG, as jazidas foram adquiridas em julho do ano passado por US$ 224 milhões.

O complexo do Açu teve a sua pedra fundamental lançada pela então governadora do Estado do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho (PMDB), em dezembro de 2006. O projeto do complexo compreende, além do porto, um mineroduto a partir do interior de Minas Gerais. O investimento global da empresa responsável pelo empreendimento é de US$ 2,3 bilhões. A previsão de empregos é de 1,3 mil diretos e 3,8 mil indiretos na construção e 600 diretos e 1,8 indiretos na operação.

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